Comunicação Não Violenta: e se fosse a chave para a gestão de pessoas?

Muitos conflitos surgem por causa da falta de comunicação. Muitas vezes nos apegamos ao que acreditamos ser a verdade, sem tomar tempo para entender o outro. E não basta ver o que o outro vê, também é preciso compreender o que ele sente. A comunicação é apenas a ponta do iceberg da nossa interioridade.

A Comunicação Não Violenta propõe precisamente essa reflexão para melhorar a convivência e comunicação entre os funcionários.  

Melhorar sua comunicação com a CNV significa:

  • Obter um ambiente de trabalho mais colaborativo e tranquilo. 

Com a CNV, você direciona a energia para as relações, para cuidar das pessoas e dessa forma desenvolve um desempenho geral e sustentável. A confiança e colaboração se tornam naturais. 

  • Evitar as frustrações e, portanto, antecipar os conflitos, tornando acessíveis os assuntos sensíveis e pedidos delicados.
  • Reduzir os riscos de RH (burnout, turnover, por exemplo).

A prevenção e gestão de conflitos com a CNV é também um processo de prevenção de riscos psicossociais.

Em resumo, a Comunicação Não Violenta visa ‘’curar’’ a comunicação, colocando a qualidade dos relacionamentos no centro. O objetivo é satisfazer as nossas necessidades e as dos outros. Para fazer isso, uma das ferramentas propostas pelo Marshall Rosenberg é o processo de investigação e comunicação em 4 etapas: 

  • Observe os fatos;
  • Identifique as emoções e sentimentos que eles despertam;
  • Decifre a necessidade que se esconde atrás desse estado emocional;
  • E, finalmente, formule um pedido que atenda a essa necessidade.

Esse processo requer uma pausa, o tempo suficiente para elaborar cada etapa. Costumo falar que quando a emoção está alta, a inteligência está baixa! 

Nos treinamentos de CNV, praticamos através de várias vivências essa habilidade de não reagir para (se) investigar e depois agir de forma empática e ao mesmo assertiva.

Um exemplo, agora! Marcia é a gerente de Paulo. Nos últimos dias, ele chegou tarde e saiu cedo. Ela o sente desmotivado e se pergunta o que dizer.

O que a Marcia teria dito antes de fazer um treinamento de CNV: ‘’Paulo, de novo atrasado! Você está prejudicando o resto da equipe e os resultados.’’ 

O que a Marcia poderia dizer depois de um treinamento de CNV: “Paulo, percebi que você chegou 30 minutos atrasado nos últimos 3 dias. E saiu antes do horário ontem (observação). Estou incomodada e perplexa com essa situação (sentimento). Eu preciso entender o que está acontecendo (necessidade). Quando podemos ter um tempo hoje para conversar sobre isso (pedido)?’’
Ou simplesmente terminar com a pergunta: ‘’O que está acontecendo?’’

Usando a segunda opção, o Paulo com certeza será mais receptivo, o diálogo se abre e as chances de evitar um conflito no futuro são grandes.   

É importante conhecer as características de cada passo pois não é um modo de pensar e se comunicar habitual. Requer uma intenção genuína de se conectar, uma atenção nesse processo de investigação e comunicação e muita prática!

 

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