Inteligência emocional, o componente indispensável da sua empresa
Na altura em que a gestão está a mudar e as relações humanas palpitam através de emails, mensagens e comentários nas redes sociais, quem souber gerir o seu próprio clima emocional conseguirá se manter no jogo. Já na década de 90, o psicólogo americano Daniel Goleman chegou a colocar o que se chama de inteligência emocional (IE) em competição com o reverenciado quociente de inteligência intelectual. Vamos explorar essa habilidade sem perder um minuto!
Gerencie suas emoções, esta nova superpotência
Você está cético? Pense novamente, a inteligência emocional (IE) não é tão nebulosa, pois é baseada em fatos científicos! Quando interagimos com outras pessoas, diferentes partes do nosso cérebro são ativadas, juntamente com hormônios e conexões, dependendo da natureza da interação. Além disso, a inteligência emocional é epigenética, o que significa que pode estar ligada ou desligada dependendo do nosso ambiente familiar, social e até profissional, já que nosso trabalho ocupa a maior parte do nosso dia.
De acordo com um estudo do Fórum Económico Mundial , a inteligência emocional está entre as dez principais competências esperadas pelas empresas em 2020. A quarta revolução industrial em curso e o impacto das novas tecnologias nos métodos de trabalho nos obrigam a ajustar as nossas competências para desempenhar uma carreira de sucesso.
Diante da impossibilidade de delegar aspectos relacionais aos robôs, essas qualidades que ontem eram consideradas pouco profissionais estão se tornando pilares da carreira e requisitos indispensáveis no recrutamento. É hora de revisar sua gama de habilidades interpessoais!
A capacidade de gerir equipes, o pensamento crítico, a criatividade, o atendimento humanizado, a gestão colaborativa de projetos ou mesmo a flexibilidade cognitiva, todas estas capacidades estão intimamente ligadas a uma inteligência emocional desenvolvida. Em paralelo a velocidade de execução dos robôs será adicionado nosso novo superpoder humano: sensibilidade (ou como falamos na Comunicação Não Violenta ‘’vulnerabilidade’’) e gestão das emoções.
Se destacar como humano
Tornar-se um campeão em habilidades comportamentais requer um melhor autoconhecimento. O bom relacionamento interpessoal aliado à coesão da equipe, representam um objetivo central das empresas. Para reter os talentos de amanhã, uma gestão empática, mais em simbiose com os sentimentos, será a chave. Especialmente diante das gerações Y e X, que desde as primeiras tensões gerenciais se afastam.
No entanto, essas habilidades não podem ser aprendidas como simples conhecimento técnico para obter um resultado, mas sim como uma escolha de vida focando no meu ‘’ser’’ e não ‘’fazer’’ e na qualidade das minhas relações. Uma das ferramentas da CNV é a Inteligência emocional que praticamos nos treinamentos. É um verdadeiro músculo que precisa de treino!
Como desenvolver sua inteligência emocional?
Aqui estão alguns princípios que você já pode começar a trabalhar:
Autoconsciência
Consiste em nomear suas emoções para expandir seu vocabulário de sentimentos. Você está ansioso, desmotivado, confuso, esperançoso, aliviado? Existem centenas de sentimentos. Então, vamos nos investigar para ir além do triste/feliz?!
Observação
Como um experimento científico, observe suas reações em diferentes situações (acordo, desacordo, estresse diante de uma sobrecarga de trabalho, alegria, sucesso de um projeto). Mentalize uma situação confortável ou desconfortável e nomeie seus sentimentos com a ajuda do seu novo vocabulário.
Pensamento positivo
Afaste o negativo enxergando cada dificuldade como uma oportunidade de aprender. Pratique identificar o positivo em cada experiência, em cada encontro, mesmo que tenha sido complicado e não tenha atendido às suas expectativas. Isso criará um automatismo de pensamento positivo.
Autorregulação
A autorregulação emocional é a capacidade de gerenciar as reações do nosso corpo e mente diante de uma situação desafiadora. Essa capacidade possibilita que o profissional tenha calma para lidar com as adversidades, além de ter mais segurança, responder da melhor maneira possível aos momentos de estresse e se relacionar de uma maneira mais positiva e construtiva.
Empatia
Faça da escuta empática sua prática diária!
Dessa forma, você contribuirá para reduzir o sentimento de indiferença: um obstáculo nas colaborações.
Saber abrir espaço para o outro, reconhecer o sentimento ou a opinião do outro é fundamental nas relações. Isso não quer dizer que você vai concordar com o outro.
Proponho palestras e workshops para empresas que querem humanizar as relações e ter as ferramentas para um melhor e mais produtivo convívio. Saiba mais aqui!